Iluminagco em microfotografia

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Saudagues galera da Fototech! Gostaria de saber qual i a iluminagco ideal para se fazer microfotografia utilizando um "bellows" Nikon em sua extensco maxima em conjunto com uma lente em f/22 (para maxima profundidade de campo),em uma cbmera manual ( do tipo Nikon FM-2).Um "ring-flash" i o suficiente ? Ou eu preciso alinhar 2 flashes em 45 graus ( utilizando um suporte do tipo "stroboframe")? Quais sco as melhores solugues ?Agradego desde ja a atengco dispensada.Um grande abrago, Fernando Esberard

-- fernandoesberard (fernandoesberard@hotmail.com), June 29, 2000

Answers

A questco pode ser subdividida em duas.

TIPO DE FLASH

Normalmente, usando o fole completamente estendido, o assunto ficara tco perto que flash com pequeno nzmero guia ja sera suficiente, mas uma resposta mais exata depende a discussco mais abaixo. Para fotomicrografia da natureza, normalmente o flash em anel deve ser evitado, pois produz uma imagem "plana", virtualmente sem sombras, e, assim, sem modelagem. Alim disso, luz natural i o que se procura imitar, com flashes em fotos da natureza, e nco i comum, talvez mesmo impossmvel na natureza, luz vindo de todos os lados. O problema diminui um pouco quando o flash em anel possui mais de um tubo, cada um podendo ser desligado ou variado em potjncia, individualmente. Por outro lado, o uso de dois flashes frontais (e talvez um terceiro, de fundo) i um pouco mais complicado, mas os resultados, uma vez dominada a ticnica, sco muito melhores. Caso o sistema nco permita medigco TTL simultbnea dos varios flashes (como i o caso da FM2), a melhor opgco usar um medidor de flash. Note que na maioria dos casos, os dois flashes nco estarco iluminando por igual o assunto (nem estarco necessariamente a 45 graus), exatamente para se obter um pouco de sombras e dar profundidade ` imagem.

PERDA DE LUZ

Sempre ocorre, desde que a lente nco esteja focada no infinito. No entanto, a diferenga ss comega a ser expressiva em magnificagues maiores que 1:10. Para saber se o nzmero guia i suficiente para uma combinagco de extensco (com tubo ou fole, ou mesmo lente macro), i necessario saber a comprimento focal da lente, extensco, abertura, e distbncia mais prsxima de foco da lente. Com esses dados, podemos responder ` outra parte da questco.

-- Fernando Oliveira (famo@digi.com.br), June 30, 2000.


Para que possamos continuar com a sua explicagco am vco os dados que pediu : a lente i uma Sigma 70-300mm/4 -5.6 ( em 300mm com uma relagco 1:2),o "bellows"i um Nikon PB-6, a abertura mmnima i f/22 e a distbncia de foco mais prsxima i de 0,95m. Aguardo sua resposta. Um grande abrago, Fernando Esbirard

-- Fernando Esbirard (fernandoesberard@hotmail.com), July 02, 2000.

Ss hoje pude receber e reponder sua mensagem e a do fsrum.

Nco encontrei os valors mmnimo e maximo das extensues do PB-6. Os nzmeros guias que citarei serco para ISO 100, em metros, como i nosso costume.

Primeiro, considere a lente sem o fole. Os dados que possuo para essa lente indicam foco por extensco. Nesse caso, a perda de luminosidade i de 1,5, isto i, para a abertura f/22, i preciso uma leitura de f/33 no medidor de flash. Um flash de nzmero guia 30, a 0,95m (isto i, montado na cbmara), dara uma leitura f/31,6 (aprox), suficiente para iluminar. Ou dois de NG 21.

Suponha ainda que a lente esta na posigco de maior magnificagco. Nco achei as medidas do PB-6. Mas, para ter uma idiia, para uma extensco de 100mm, a perda de luminosidade sera cerca de 1,83, isto i, para f/22, sera necessario cerca de f/40 de luz, o que corresponde a um nzmero guia 26 para o flash, ou cerca de 18,7, caso use dois.

Para uma extensco de 200mm, a perda sera cerca de 2,2. Os dois flashes do caso anterior darco mesmo resultado, pois a menor distbncia do assunto compensa a maior perda de luminosidade.

Voltando ` pergunta inicial, nco estando na cbmara, os flashes podem ser facilmente aproximados/afastados, ati que a leitura seja correta. I o que se faz, na pratica. Assim, dificilmente havera problema, escolhendo flashes com NG 16. Para a aplicagco, sco bem mais confortaveis, pelo pequeno peso e tamanho.

Finalmente, lembre-se que a abertura dessa lente sera, na verdade, f/32, em 300mm, quando marcar f/22 no anel.

-- Fernando Oliveira (famo@digi.com.br), July 03, 2000.


Como i possmvel sem o fole eu precisar de um flash com nzmero guia de 30 ( com a marcagco da abertura na lente f/22, abertura real de f/32 ) e com o fole em 100mm de extensco precisar de um NG de 26 ? ( acredito que seja porque esse segundo calculo nco foi feito com a abertura de f/32 real da lente, ou entco seja devido a maior proximidade do assunto). Agora devo fazer os testes e anotar os resultados para saber qual i a melhor combinagco. O ideal seria se eu fizesse uma tabela com todas essas variaveis para nco ter que ficar repetindo sempre as mesmas contas. Como i feito esse calculo ? Um abrago, Fernando Esbirard

-- Fernando Esbirard (fernandoesberard@hotmail.com), July 04, 2000.

Todos os calculos que apresentei foram para uma lente aberta em f/22 (com foco no infinito), corrigindo para a perda de luminosidade, ` medida que o foco i aproximado e aumento da intensidade do flash, ` medida que o assunto i dele aproximado. A sua pode ser fechada mais um ponto, assim, os calculos serco aplicaveis para f/32 (no infinito), desde que multiplique todas os nzmeros f pelo fator sqrt(2) = 1,414213562373. Tambim, conforme vocj deve ter percebido no texto, os calculos sco aproximados. Os erros devem ser menores que 1/3 de ponto, assim, como em qualquer outro campo da fotografia, sera necessario um "bracket" de exposigco, caso use diapositivo, ati ter feito todos os testes e aprender como seu equipamento funciona (se tende a sobre-expor ou o inverso).

Sem o fole, o foco fica em 95cm, o fator de corregco de exposigco i 1,5. Com o fole em 100mm, o foco cai para 66cm, corregco de exposigco sera de cerca de 1,83. O fator de corregco entre o primeiro e o segundo casos i cerca de 1,16, multiplicado por 26, da 30,16. Seu segundo raciocmnio esta correto: embora haja uma perda maior de luz com a maior extensco, ela estara muito mais prsxima do assunto, e isso mais do que compensa.

Talvez sua dzvida venha de outra configuragco, com luz de estzdio, ou luz natural, onde a posigco da iluminagco nco muda. @ medida que a extensco aumenta, i necessario, para compensar, abrir mais a lente ou aumentar a intensidade da iluminagco, quando possmvel.

-- Fernando Oliveira (famo@digi.com.br), July 04, 2000.



Depois de tanto calculo, sempre esquego (costume antigo, de escrever textos ticnicos e frios para publicagco): grande abrago!

-- Fernando Oliveira (famo@digi.com.br), July 04, 2000.

Compreendi que a perda de luz causada pela extensco do fole i compensada( mais do que compensada ) pela maior proximidade do objeto. Entretanto , existem dois aspectos que nco consegui entender : 1.)Como o fator de corregco entre 1,5 ( primeiro caso ) e 1,83 ( segundo ) i de 1,16 ? 2.)Fator sqrt(2) ?!? ( o que i isso ? ) Gostaria , se possmvel , que me enviasse a fsrmula utilizada para chegar aos resultados, assim eu poderia fazer uma tabela (que ira me facilitar muito). Mais uma vez muito obrigado , Fernando Esbirard

-- Fernando Esbirard (fernandoesberard@hotmail.com), July 04, 2000.

RESPOSTA @ QUESTCO 1

A corregco depende da distbncia focal e da extensco necessaria para conseguir foco. Isto porque a abertura da lente ss i "exata" para o foco no infinito. O que segue parece complicado, mas se desenhar ` medida que ler, ficara bastante simples. Aplica-se apenas `s lentes que focam por extensco.

Seja d a distbncia entre o "centro" da lente e o filme, e f a distbncia focal. Se o foco i feito no infinito, a imagem fica em um "plano" a uma distbncia d = f do "centro" da lente no outro lado dela. Esse i, entco, o caso padrco. @ medida que o foco i feito mais prsximo da lente, a imagem se afasta, e chega menos luz, o que i equivalente a dizer que a abertura diminuiu. A area do filme, que esta captando a luz, i constante, enquanto que a luz esta uniformemente distribumda em um cmrculo de maior raio (` distbncia d) que o cmrculo formado em f, e, assim, menos concentrada. Temos, entco, uma "perda na abertura" proporcional a d. Por trigonometria simples (matiria do primeiro grau: "relagues entre tribngulos"), a relagco entre os raios do cmrculo imagem, quando as distbncias sco d1 e d2, i d1:d2. Em particular, com relagco ao caso padrco, a relagco i d:f quando o filme esta a uma distbncia d maior que f. Note que, com o foco no infinito, a abertura efetiva i igual ` marcada na lente, logo, o fator d/f i o que deve ser usado sempre (por exemplo, f/32 correspondera a efetivo f/48).

Passamos, agora, para para seu caso.

Para obter magnificagco 1:2 = 0,5, a extensco necessaria i d2 = f + f/2. No seu caso, f = 300mm, logo, d2 = 300 + 300/2 = 300 + 150 = 450mm. Adicionando 100mm do fole, temos d1 = 300 + 150 + 100 = 550mm. Logo, o fator relativo de corregco sera d1/d2 = 1,222... Vocj obteve 1,16, porque eu havia aproximado um dos fatores de corregco por 1,83, quando na verdade era uma dmzima perisdica 1,833..., conforme veremos mais abaixo.

Com relagco ao caso padrco, temos d1 = f = 300mm e d2 = d = 450mm. O fator de corregco sera 450/300 = 1,5.

Finalmente, para extensco total d1 = 550mm, a corregco i de 550/300 = 1,8333...

RESPOSTA @ QUESTCO 2

A area da abertura i proporcional ao raio ao quadrado (lembra de "pi erre dois" ou "pi erre ao quadrado"?). De uma abertura para outra, a area varia por um fator 2, assim, o raio varia por um fator raiz quadrada de dois: sqr (2) = 1,414213562373..., pois raiz quadrada de dois, ao quadrado, i dois. Talvez seja ss a definigco do que representei por sqr (2) que lhe interesse, em cujo caso, va para o zltimo paragrafo. Caso contrario...

Para uma dada abertura, digamos, f / 32, o numerador f i o comprimento focal da lente e o denominador indica por quanto devemos dividir esse comprimento para obter o valor do raio da abertura (idealizada em todos os calculos como circular).

Assim, f/1 i uma abertura grande, com raio igual ao comprimento focal da lente.

Uma abertura com metade da area desta deixara passar ss a metade da luz. Devemos, portanto, dividir o raio original por sqr (2), obtendo (f/1)/sqr(2) = f / sqr(2) = f/1,414213562373..., que i sempre usado com o valor aproximado de f/1,4.

Dividindo novamente a area pela metade (quer dizer, fechando mais um ponto), obtemos uma abertura [f/sqr(2)]/sqr(2) = f / [sqr(2) * sqr(2)] = f/2.

A seguir, fechando mais um ponto, (f/2) / sqr(2) = f / [2 * sqr()] = f / (2*1,414213562373...) = f / ( 2,828427124746...), que i aproximado por f/2.8.

Na seq|jncia de aberturas: 1, 1.4, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, a sub-seq|jncia 1, 2, 4, 8, 16, 32 esta representada por nzmeros inteiros, enquanto 1.4, 2.8, 5.6, 11, 22 deveriam ser na verdade nzmeros irracionais, o primeiro sendo realmente sqr(2) = 1,414213562373 ..., e os seguintes obtidos dos antecedentes pela multiplicagco por 2. Como a diferenga entre o nzmero exato e o que i usado i muito pequena, isso nco influenciara na exposigco do filme em fotografia, na pratica.

Por exemplo, em vez de 11, devermamos multiplicar sqr(2) por dois, trjs vezes: sqr(2) * 2 * 2 * 2 = 1,414213562373 * 8 = 11,31370849898 ..., o que se escreve aproximadamente como 11. E assim por diante.

Desculpe o texto chato, continue com esse espmrito curioso (parecido com cientista), e grande abrago.

-- Fernando Oliveira (famo@digi.com.br), July 06, 2000.


Por favor, "apaguem" o texto "(por exemplo, f/32 correspondera a efetivo f/48)" no final do segundo paragrafo da resposta anterior.

-- Fernando Oliveira (famo@digi.com.br), July 06, 2000.

Confesso que fiquei meio perdido com todos estes calculos! Agora ss muita pratica e pacijncia podem clarear a minha mente.Mais uma vez muito obrigado pelas suas dicas e um grande abrago. Assim que conseguir uma boa foto te enviarei. Fernando Esbirard.

-- Fernando Esbirard (fernandoesberard@hotmail.com), July 11, 2000.


Na realidade eu encomendei um bellows PB-6 , que deve chegar nesta semana. I verdade que devo ter um cabo do tipo AR-7 para sincronizar o diafragma com o obturador ? Esse cabo nco vem com o PB-6?

-- Fernando Esbirard (fernandoesberard@hotmail.com), July 11, 2000.

Nco tenho as especificagues exatas do PB-6. Provavelmente, ele nco permite automagco do diafragma, assim, ao colocar uma abertura, a lente fecha o diafragma. A medida TTL da exposigco e a exposigco devem ser feitos assim, mas a lente fechada dificulta, e mesmo impossibilita um foco preciso.

Para fazer a foto, o processo fica bastante lento. Primeiro, foco, depois, fecha-se a lente para o diafragma desejado, escolhe-se a velocidade apropriada, e ss depois se dispara. Note que ao girar a barra de diafragma e o seletor de velocidades, deve-se ser extremamente cuidadoso para nco mudar a composigco e/ou o foco, ambos extremamente crmticos em macro.

Quando a exposigco i com flash, a situagco piora, pois para escolher a abertura i preciso ou fazer um calculo de profundidade de campo (PC), ou fechar a lente para escolher a PC, apss ter feito o foco. Normalmente, abre-se novamente a lente (mesmo no caso anterior), para checar o foco e a profundidade de campo. O conjunto de flashes (pode ser ss um) entco i posicionado para que obter a abertura efetiva correspondente ` da lente. Neste ato, geralmente, a cbmara sai da posigco, o foco e a composigco tjm de ser refeitos, abrindo-se a lente, depois fecha-se a lente, verifica-se que a intensidade do flash nco foi modificada pela manipulagco da cbmara, senco tudo comega novamente, embora de uma posigco mais aproximada da final. Ss entco, fecha-se a lente e faz-se o disparo.

Com um cabo duplo, obtim-se diafragma automatico, que acredito ser o caso do AR-7, e que nco acredito vir com o fole.

-- Fernando Oliveira (famo@digi.com.br), July 12, 2000.


Compreendo. Dam a dificuldade de fazer uma foto de insetos, que se assustam com muita facilidade e se movimentam com rapidez. Quando vocj pensa em fazer todos os calculos e ajustes, ele ja foi embora. De qualquer forma acredito que o cabo AR-7 tornaria a coisas um pouco menos difmcil. Vocj disse que escreve artigos cientmficos. Para quem e sobre o que vocj escreve ?

-- Fernando Esbirard (fernandoesberard@hotmail.com), July 12, 2000.

Errata:

Em "RESPOSTA @ QUESTCO 2", do dia 06 Jul 2000, escrevi a frase:

"... o numerador f i o comprimento focal da lente e o denominador indica por quanto devemos dividir esse comprimento para obter o valor do raio da abertura ..."

A palavra "raio" deve ser substitumda por "dibmetro". Para a discussco daqui do fsrum, que fiz toda em termos relativos, isso nco altera as conclusues, pois o dibmetro i o dobro do raio, assim, a relagco (razco) entre dois dibmetros diferentes, ou duas aberturas diferentes, i a mesma que entre os correspondentes raios.

-- Fernando Oliveira (famo@digi.com.br), July 15, 2000.


Hola a todos, en mi página web teneis variosapuntes sobre la compensación de iluminación en situaciones de enfoque cercano. Están en español pero supongo que no tendremos ningún problema para entendernos. La dirección es:

www.geocities.com/hissarlik/apuntes.html

En mi estudio no hablo de factores de ampliación sino de medición del desplazamiento del objetivo.

Básicamente:

1 Enfoca a infinito. 2 Mide la distancia del extremo del objetivo a un punto fijo de la cámara. 3 Enfoca el objeto. 4 Mide de nuevo la distancia anterior. 5 Divide la diferencia entre las dos medidas por la distancia focal del objetivo. 6 El número obtenido (más 1) es el número por el que tienes que multiplicar el diafragma ajustado en cámara para obtener el diafragma realmente usado.

Por ejemplo:

El objetivo es un 100mm. La distancia del extremos del objetivo a la parte fija del objetivo es de 2 mm. Enfocamos el objeto. El barrilete del objetivo se desplaza 12mm.

12-2=10

10/100=0,1

1+0,1=1,1

Si ponemos un diafragma f:8 el diafragma realmente usado es el : 8*1,1=8,8 que prácticamente es un 9. Luego 1/3 de paso más de lo debido.

La elongación del objetivo es análoga a la del fuelle.

-- Francisco Bernal Rosso (pacorosso@hotmail.com), November 23, 2000.



meu amigo eu queria que voce me lembrace como se faz calculos de fracoes matematicas porque ja esqueci

-- robert (zoiobass@yahoo.com.br), March 15, 2001.

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